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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

DIÁRIO DO EXÍLIO - 06: 'SINE DIE'

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'SINE DIE'   Pretendo voltar quando nos for permitido não apenas nos abrigar do sol e da chuva, mas conviver com eles sem temê-los. Quero Casa e Ninho para mim e minha família. Quero um altar que eu possa construir e contemplá-lo feliz. Quero a beleza cultivada num jardim; sentir aromas e sabores que as fruteiras possam dar para mim. Pretendo voltar quando nos for permitido sermos quem queremos ser sem comparações, ufanismos, mania de grandeza, sem querer nos amostrar, sermos melhores que os outros ou simular aquilo que não somos. Apenas sermos quem queremos ser. Pretendo voltar quando nos for permitido receber quem somente agente gosta; quem nos respeita pelo o que somos; quem de fato gosta da gente e procura ficar próximo. Quem conosco quer compreender e celebrar a vida, compartilhar esperanças, lutar junto e sente prazer em vir nos ver e visitar. Em, de vez em quando, estar perto de nós, trocando gentilezas. Pretendo voltar quando nos for permitido viver sem incomodar o

DIÁRIO DO EXÍLIO - 05

Sem lugar certo. Ruim de Moura-08/02/2010-Segunda Feira 1. As crianças foram levadas a escola hoje pela mãe. Eu acordei um pouco depois. Durante o café da manhã, Iza me relatou um comentário feito pelo pai dela a sua mãe. Para mim, desagradável e infeliz. Palavras mal-ditas pelo seu pai. Palavras que deveriam cair no esquecimento para ela, mas pelo contrário, ganharam eternidade pela sua boca. No tempo da minha inocência e profunda falta de malícia tentaram me ensinar que nem tudo o que agente ver ou ouve por aí deve ser reproduzido, divulgado, mas sim esquecido. Está claro que tal orientação ela não se importa em seguir. Regras de condutas só são seguidas quando nos é conveniente ou imposto. Como eu não tenho como e nem quero impor nada, resta à tese da conveniência. Será que foi para eu me sentir melhor que tive de ouvir tal coisa ou será que foi para me alertar, censurar e deixar claro meus novos limites? Coisa de quem já não está nem aí com o

DIÁRIO DO EXÍLIO- 04

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Um dia de domingo qualquer? ruim de moura, chuvoso, triste e sem graça 07 de fevereiro de 2010 1-Deixara-me só já pela manhã. Bem que fui convidado a ir junto, mas não tive ânimo para lhes acompanhar. Com certeza eu não seria uma boa companhia da minha esposa, minha filha Janyne e minha sobrinha Melissa na ida deles a casa da minha sogra. A manhã até que fez um sol e ventou um pouco. A chuva, como tem sido a praxe por aqui, apareceu no fim da tarde, início da noite. 2- Permaneci quase todo este tempo sentado a frente do computador olhando e arrumando alguns artigos e dissertações referentes à sociologia da religião, captadas no dia anterior no site de busca Google numa lã house num lugar chamado aqui de “Cidade Baixa”, isto é, centro da cidade. Paralelo a isso, ouvia o CD do João Alexandre acústico na esperança de manter o pouco de disposição, vontade, emoção, força, pensamento, devaneios e não ser dominado por completo pela horrível melancolia qu