Tião! Tião! Por que me persegues?


O inferno dos camelôs de Rolim de Moura se chama: Sebastião Dias Ferraz vulgo “Tião Serraia”, o prefeito “CRENTE”

1. Mineiro e Roceiro na infância. Sua inserção na vida pública aconteceu em 1992, quando foi eleito ao cargo de Vereador em Rolim de Moura, cargo este, desempenhado por duas vezes. Foi ex-aliado e amigo de Ivo Cassol. Em 2000, foi seu vice-prefeito em Rolim de Moura, sendo que posteriormente assumiu ao cargo de prefeito por dois anos e nove meses. Em 2008, Tião Serraia retornou à vida política, sendo eleito Prefeito cargo em que foi empossado em 1 de janeiro de 2009. Diz no site oficial da prefeitura que teve uma "vida difícil". [Puxa, que peninha!] Mas agora, especialmente depois que virou político, prefeito e crente tem uma vida fácil: Prosperou! Viva!?

2. Como se fosse verdade: a cidade de Rolim de Moura é um paraíso de burgo rural. Nela não falta nada! Ela, aos poucos, está se tornando uma “grande metrópole”. Pois há um pouco de tudo das grandes cidades nela: água tratada e energia para todos. Seu sistema de limpeza urbana é um modelo para todas as cidades de Rondônia. Suas ruas: asfaltadas sem aquela angustiante poeira do “passado” um brinco de tamanha limpeza. E o sistema de transporte urbano? Nem ouso descrever de tamanha eficiência que é. Faz inveja a capital do Estado, pois foi umas das cidades pioneiras do sistema de moto táxi que tanto serve ao público. “De fato”, não há mais o que ser feito na Beverly Hills rondoniana! Mas, o douto ex-roceiro burgomestre da cidade Tião Serraia, subitamente, teve uma brilhante idéia para mostrar serviço e provar definitivamente que faz alguma coisa de relevante em sua gestão. Ele resolveu “limpar” o município de uma “praga” comum em cidadezinha chinfrim. Decidiu perseguir os camelôs, declarou guerra ao comércio ambulante. Estes já começaram a ser notificados pela prefeitura para pararem de trabalhar. Todos foram “aconselhados a se mandar; a vazarem!” Que se lasquem! Vão procurar empregos formais.

3. Tião! Tião! Por que me persegues? Curioso é que este popular prefeito é crente. Membro de uma Igreja presbiteriana local. Costuma começar o expediente da prefeitura com um culto a deus. O homem “escuta” a bíblia e vai aos cultos dominicais. Talvez isso tenha lhes ensinado muito. Tião deve ter ouvido, [pois há quem acredite que ele não saiba ler, por isso, só consegue escutar] a estória de Saulo de Tarso que perseguia os cristãos; mas não deve ter ouvido toda ela. Talvez desconheça que o dito cujo, caiu do cavalo e abraçou a fé em Jesus. Que de perseguidor, tornou-se um perseguido por causa disso. Talvez, seja um pouco mouco em razão da idade avançada e não consiga ouvir tudo o que seu reverendo diga no púlpito. Ou talvez, se converteu pela metade. Logo, desconhece a segunda parte da conversão de Saulo pára Paulo. Embora ele também tenha mudado de nome: de Sebastião Dias Ferraz para “Tião Serraia”, não mudou de mentalidade. Continua pensando como um roceiro e se comportando como um burguês. Ele cresceu trabalhando para os outros e deseja o mesmo para os ambulantes. Não quer que esses párias do comércio formal prosperem com seu próprio esforço, mas que vivam submissos e sujeitos aos outros. Enfim, que sejam empregados! Daí a perseguição.

4- Tião de perseguido, empregado, roceiro, tornou-se agora, depois que político se tornou e que também enricou: um perseguidor. Tião! Tião! Por que me persegues? Assim perguntam todos os camelôs perseguidos por ele. Só posso supor que a razão disso, é a falta do que fazer. Ele precisa mostrar serviço, além de mostrar espiritualidade. Esta sozinha não elege ninguém. Não quer saber se está fazendo mal a quem não pode se defender, não tem misericórdia, não sente pena, que se fodam todos os que não pagam impostos e que precisam trabalhar para viver. Além de não saber ouvir, parece que não se toca, não se converte integralmente, não muda de postura. Precisa ser sacudido.

5- Os camelôs por sua vez, tem que parar de gritar, de pedir misericórdia e de se perguntar: “Tião! Tião! Por que me persegues?” Tem que aprender a lutar pelos seus direitos, a fazer política e a votar melhor, senão, suas orações a deus de nada adiantará. Tião é sócio dele, freqüenta a sua casa e é amigo do pastor. Tem uma rádio ao seu serviço e cultua sem nenhum sacrifício. Tem que se organizar mesmo, tem que resistir, inssistir, tem que pelejar, teimar; malandrar; driblar este "bufão" da roça; ir mesmo a lutar, fazer política para sobreviver a ele e sua política e, quem sabe, mudar sua situação. Camelô sempre haverá entre nós!





Comentários

Denis Farias disse…
Peixoto. Deveria se inteirar mais antes de escrever sobre as pessoas. Antes de dedicar boa parte de seu tempo com críticas ao prefeito que aí está. Não sei se conhece o significado da palavra Lei. Pelo menos sei que elas são criadas para serem cumpridas. Ele só está cumprindo uma Lei que foi criada não por ele, mas por vereadores e não deste mandato, mas de outros. Antes de criticar, dê idéias também. Boas, pelo menos.
DesProf.Peixoto disse…
Após a derrota do nazismo os seus defensores utilizaram esse mesmo argumento. O Prefeito se diz Cristão, mas não age como Cristo, segundo relatos neotestamentários dizem que o mesmo agiu, se pondo do lado de quem mais precisa,não dos poderosos do seu tempo. Se o problema reside na Lei: que ele lute para mudá-la, não para fazer cumprí-la. Pois, ao agir assim, ele se porta como os idiotas vereadores dessa cidade, que por falta do que melhor fazer, perde tempo e dinheiro público com quem não precisa deles: os comerciantes locais. Lamento por ser favorável a isso.

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