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Mostrando postagens de abril, 2011

EPIFÂNIA BARBOSA E O VALOR DO SEU DISCURSO

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Considerações acerca do valor do discurso da Deputada Estadual do PT de Rondônia a respeito dos trabalhadores da educação em estado pré-greve.   — Ouvi num site no dia 27 de Abril, com muita atenção, o discurso da Epifânia Barbosa do PT na assembléia ordinária acerca do aumento de salário que os trabalhadores em educação de Rondônia vêm pedindo ao novo governo e a ameaça de realizarem uma greve caso não seja atendidos. Eis algumas considerações acerca do valor do que ouvi da nobre professora-deputada: 1. A Assembléia Legislativa desse Estado é de dar nojo e vergonha até para mim que não sou nascido aqui [graças a Deus!] Nunca vi uma instituição tão subserviente ao poder executivo esteja ele sendo governado por quem quer que seja. Um bom exemplo desse fato foi o comportamento da legislatura passada e retrasada. A legislatura da era CACA [Cassol-Cahulla] que só dizia amém a tudo o que o poder executivo enviava para lá ser aprovado. O atual presidente, o evangélico Sr.Valt

OS TEMPOS ESTÃO MUDANDO

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Leio que dezenas de opositores chineses -- advogados, escritores, jornalistas, artistas e blogueiros -- foram detidos, submetidos a prisão domiciliar ou afastados de suas casas nas últimas semanas, em escalada repressiva cujo objetivo óbvio é resguardar mais esta ditadura do  contágio  das revoltas libertárias. As pedras voltaram a rolar e a única certeza é a de que os verdadeiros revolucionários devem posicionar-se ao lado de todos aqueles que se revoltam contra tiranias. Não importa que as nações ocidentais façam com a Líbia o que deveriam fazer também com a Síria, mas adotem dois pesos e duas medidas. Não importa a posição que algumas dessas ditaduras obscurantistas, retrógradas e assassinas assumam no tabuleiro político internacional. Importa apenas que oprimem seus povos e os seus povos estão se levantando contra elas, pouco a pouco, com o temor da repressão brutal cedendo lugar à esperança. E o farão cada vez mais, pois o mundo se tornou um péssimo lugar para se viver nesta

OS ARAPONGAS DO PATRULHAMENTO CRICRI

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A opção é entre a obra de Monteiro Lobato... Depois de escorraçados pelos cultos, libertários e (consequentemente) antípodas da censura no final de 2010, os patrulheiros cricris contra-atacaram da forma mais sórdida possível, desencavando cartas em que Monteiro Lobato  expressou conceitos racistas. Ora, em nenhum momento estiveram em questão as opiniões que o grande escritor, o grande defensor dos interesses nacionais e o grande adversário da ditadura getulista remoía na intimidade.  Além de inquisidores, os patrulheiros cricris são bisbilhoteiros, comportando-se como repulsivos arapongas. Igualmente, a grandeza da obra de Jorge Luis Borges não foi destruída pelo seu apoio a uma ditadura argentina -- embora isso nos tenha levado a perder o respeito por ele como homem. No caso de Lobato, a coisa fede: ele nunca fez proselitismo contra os negros, mas, pelo contrário, compôs sua inesquecível Tia Nastácia como uma personagem extremamente humana, simpática, generosa e sábia em sua

ESTADO DE RONDÔNIA RECONHECE O VALOR QUE AS SUPERVISORAS DE ESCOLA PÚBLICA TEM!

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Depois de tanto estudo, tanta devoção,  tanto esforço para concluir um curso superior de pedagogia na UNIRON, FATEC, SÃO LUCAS, UFRO ou via PROHACAP/UNIR e etc.. Depois de tantos anos, tomando conta, vigiando, controlando, perseguindo e dedurando os rebeldes  professores para que os mesmos cheguem sempre no horário,  obedeçam como cachorrinho adestrado a diretora da Escola e os programas enviados de "güela a baixo" pelas  Representações de "Ensino", muitas das nobres supervisoras das Escolas Públicas de Rondônia, finalmente, terão seus "serviços" reconhecidos pelo Estado de Rondônia....

UM IRMÃO E COMPANHEIRO NO BOM COMBATE: LUÍS ALBERTO DE ABREU

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Luís Alberto de Abreu é como um irmão para mim. Conhecemo-nos lá por 1971, quando, ainda traumatizado pela prisão, tortura e adiamento  sine die   das minhas perspectivas de ver concretizada uma sociedade igualitária e justa, eu tentava me reencontrar com a vida, de repente tornada tão cinzenta. Nem me lembro mais como se deu o primeiro contato, provavelmente graças a nosso amigo comum Douglas Salgado. Mas, logo estávamos nos falando e visitando. Ele morava em São Bernardo do Campo e ainda não decolara. Assisti à última peça do grupo de que o Luís participava, Doces e Salgados , encenada no belo teatro daquele município: Tempo dos Inocentes, Tempo dos Culpados . Era um timaço: ele, a Rosi Campos, o Ednaldo Freire, o Calixto de Inhamuns. Não me lembro se também a Jussara Freire, a atraente esposa do Ednaldo, que acabaria se destacando na TV e nas pornochanchadas  soft   paulistas . Era uma peça (creio que criação coletiva) na linha do Arena , de Brecht, do teatro engajado na luta co

Professor, peça de fácil reposição

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Não é somente em Rondônia que a figura do "professor" é descartável. Fato comprovado pela postura positiva do atual governo do Confúcio Moura para com os policiais recentemente. Postura que difere com a que esse Estado sempre deu aos auleiros concursados com o título de "professor", cuja figura é de fácil reposição. Basta contratar  emergenciais como o Estado costuma fazer. Que o texto da Ana possa nos ajudar a nos entender nesse fim de mundo que o Reporte-Record não mostra na TV. Peixoto. ... por Ana Carolina Martins da Silva* Nós nos sobrecarregamos com a discussão político-pedagógica de nosso ambiente de trabalho, com a discussão do mundo, com a salvação das baleias, dos afogados, dos desprotegidos, lutamos pela paz mundial, pelo bom aprendizado e pela construção das mais diversas áreas do conhecimento, por laboratórios, por merenda escolar. Nós nos dedicamos tanto a construir e ajudar aos nossos educandos a se construírem que nem nos lembramo

REVOLTA ÁRABE: LIBERDADE, AINDA QUE TARDIA

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Ao ler que outro tirano bestial dos países árabes promoveu, na 6ª feira que para nós foi santa, outro massacre bestial, veio-me à lembrança a frase com que Edgar Allan Pöe iniciou seu soturno conto Metzengerstein : " O horror e a fatalidade têm tido livre curso em todos os tempos. Por que então datar esta história que vou contar? " Só que há, sim, um motivo para termos bem presente a data em que os Gaddafis e al-Assads tentam perpetuar-se no poder por meio das mais repulsivas carnificinas. É que as lutas pela liberdade, em nações que não perderam o trem da História, aconteceram no final do século 18 e ao longo do século 19. A sensação é de déjà vu . Parece que embarcamos num túnel do tempo, de volta a um passado autocrático que não deixou nenhuma saudade, para assistirmos à tomada de Bastilhas que há muito já deveriam ter virado pó. E pensar que  ainda existem alguns tacanhos ditos de esquerda, capazes de, em nome de uma racionália tortuosa e também ancorada num passado e

Educação e Capitalismo

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Alberto Lins Caldas *       A educação está morta. Defendê-la, da maneira em que está, é aliar-se às causas da decomposição. A Educação, o Ensino, a Cultura, a Inteligência estão mortas. Mas de uma morte estranha. Continuam como se não estivessem mortas. Fedem, mas não a enterramos. Queremos resolver a questão da educação, criando uma teoria da Educação, ou criando uma “comunidade Educativa” onde o mal não possa chegar. Temos que principiar aceitando que a Educação morreu. Pensar a “sociedade” que a destruiu e para quê. De outra maneira, trabalharemos dentro de um corpo decomposto: assumiremos sem querer o discurso que matou e arrasta o cadáver da Educação. Sem cérebro, ela aponta para o coração do próprio capitalismo e é exatamente aí que queremos chegar, mas ele não está num só lugar, mas em todo canto. Todo lugar é o capitalismo. Tudo é só o capital e seus véus.      A Educação, como a realização do universo social no indivíduo, criando a singularidade ou sua possibili

CONVOQUEMOS O PLEBISCITO CERTO. PARA QUE ANGRA NÃO VIRE FUKUSHIMA

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Como escritor e jornalista, Carlos Heitor Cony é dos melhores que temos. Algumas atitudes do homem foram decepcionantes, mas ninguém é perfeito. Suas avaliações de assuntos que não o envolvem pessoalmente continuam sendo das mais consistentes. Portanto, devem ser lidas e consideradas. Como a da coluna desta 3ª feira (19), Os plebiscitos , na qual faz restrições à proposta de um referendum sobre o uso e a venda de armas, contrapondo-lhe um problema em que a consulta aos cidadãos se faz realmente necessária e premente: " O governo promete ampliar a energia nuclear concluindo Angra 3 e construindo mais quatro usinas, isso numa época em que países mais industrializados, como a Suécia e a Itália, estão desativando seus programas nucleares. O governo da Alemanha também estuda a possibilidade de reduzir ou acabar com suas usinas. O investimento é vultoso (pelo menos R$ 8 bilhões cada uma) e os riscos de um acidente como o de Three Mile Island (1979), de Chernobil (1986) e, agora, o

UM IDEÁRIO PARA A REVOLUÇÃO DO SÉCULO 21

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Em sua coluna dominical -- Adeus, Fidel; adeus, silêncio? --, o veterano jornalista Clóvis Rossi aborda as "reformas econômicas que transformarão a ilha caribenha", a serem aprovadas hoje (17), no 6º Congresso do Partido Comunista Cubano. Segundo ele, o corte de um quinto dos postos de trabalho no setor público e o estímulo à criação de um setor privado capaz de absorver tais trabalhadores implicarão a abertura do regime cubano: "às reformas econômicas que serão lançadas hoje seguir-se-á a prazo relativamente curto a reforma política". Ele especula que a construção do porto de Mariel, financiada pelo Brasil, "só tem sentido se for para exportar para os Estados Unidos". E,  como queria demonstrar , conclui: "Se é assim, implica o restabelecimento de relações, com todo o cortejo de consequências". Se os palpites de Clóvis Rossi estiverem certos, preparemo-nos para a grita ensurdecedora da imprensa burguesa, festejando a capitulação da pequenin

MÁRTIR DA INDEPENDÊNCIA OU HERÓI REVOLUCIONÁRIO?

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“Brecht cantou: ‘Feliz é o povo que não tem heróis’. Concordo. Porém nós não somos um povo feliz. Por isso precisamos de heróis. Precisamos de Tiradentes.” (Augusto Boal, “Quixotes e Heróis”) Será que os brasileiros sentem mesmo necessidade de heróis, salvo como temas dos intermináveis e intragáveis sambas-enredo? É discutível. Os heróis são a personificação das virtudes de um povo que alcançou ou está buscando sua afirmação. Encarnam a vontade nacional. Já os brasileiros, parafraseando o que Marx disse sobre camponeses, constituem tanto um povo quanto as batatas reunidas num saco constituem um saco de batatas... O traço mais característico da nossa formação é a subserviência face aos poderosos de plantão. Os episódios de resistência à tirania foram isolados e trágicos, já que nunca obtiveram adesões numericamente expressivas. Demoramos mais de três séculos para nos livrarmos do jugo de uma nação minúscula, como um Gulliver imobilizado por um único liliputiano. E o fizem

SEM TESÃO, ACABA-SE A PROFISSÃO...

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1- Hoje eu não tenho mais tesão, pior, nervos para encarar uma sala de aula lotada e ver tantas sacanagens praticadas diariamente por outros colegas que convivem conosco, que se aliam a satanás para se dar bem à custa dos seus semelhantes. Que dedura, se vende para ser o primeiro a sair de férias e o último a retornar para o trabalho. Que vive extorquindo dinheiro dos alunos em troca de pontos na média sob o pretexto de promover projetinhos fraudulentos. Que conspira e debocha contra quem tenta agir com decência. 2-Além de ter que conviver com tantas dificuldades dentro das escolas públicas e com gente dessa laia, é difícil ter nervos para suportar tantas besteiras que se faz dentro delas. É festinha junina, semaninha da cidadania e etc. que o ex-prof. Diogo cita em seu texto. E o resultado é nos tornarmos cínicos, céticos ou buscar outra saída fora dessa distopia chamado escola. O ex-professor Diogo preferiu sair. Oxalá que um dia eu possa fazer o mesmo. Eu já tive um sonh

O Instituto Dom Barreto em Piauí: o modelo duvidoso que o Confúcio Moura imagina para as escolas públicas de Rondônia

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Eis um edital mostrando o quanto é vergonhoso ser professor no Estado onde existe a tal escola modelo do senhor Governador 1- No sábado passado dia 09 de abril no programa Via Sat TV que falava acerca dos 100 dias de governo Confúcio, o entrevistado foi o próprio Governador que, entre vários temas, citou uma escola no Piauí como o modelo que ele gostaria de ver funcionando em Rondônia. Ele citou, com muito entusiasmo, o caso do Instituto Dom Barreto em Piauí que ficou entre as melhores escolas do Brasil pelo excelente desempenho no ENEM. Disse mais ou menos assim em relação a ela: “Aquilo é que é escola! A escola que eu gostaria que as nossas escolas públicas fossem...” 2- Pesquisando melhor na net para checar se o “fabuloso” exemplo citado por vossa excelência tinha procedência, descobri que o tal Instituto Dom Barreto em Piauí, de fato, é uma instituição de boa qualidade mesmo e que teve bom desempenho no ENEM como ele citou. O governador falou a verdade, mas, não t