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Mostrando postagens de outubro, 2012

ABSTENÇÃO, NULOS E BRANCOS DISPARAM EM SAMPA

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N a eleição para prefeito de São Paulo havia duas certezas: a chegada de José Serra no 2º turno; sua derrota final. Os sucessivos e cada vez mais insatisfatórios mandatos dos tucanos e seus aliados, no Estado e na cidade de São Paulo, saturaram o eleitorado. Com enorme rejeição, Serra jamais conseguiria remar contra esta maré. Seu eleitorado cativo só lhe permitiria levar a disputa para a prorrogação, tornando-se, a partir daí, presa fácil para o adversário. Mais: os eleitores ansiavam pelo  novo . Muito se falará sobre o talento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem para eleger postes, mas a sorte desempenhou papel importante. O espaço da novidade foi imediatamente ocupado por Celso Russomanno, beneficiando-se do prestígio televisivo e do apoio da Igreja Universal. Sua arrancada fulminante impediu que um  novo   mais consistente (e menos identificado com a velha podridão) se afirmasse. Nas duas semanas que antecederam o 1º turno, a propaganda

VOTO NULO É OBRIGATÓRIO NA ELEIÇÃO PAULISTANA

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Por Celso Lungaretti H á posicionamentos díspares no PSOL sobre se os filiados devem votar nulo ou praticar o voto útil neste domingo. Como não falo pelo partido nem me considero suficientemente informado sobre o quadro nacional, vou opinar somente sobre o contexto paulistano. José Serra iniciou, como governador, a montagem de um embrião de estado policial no Estado e na cidade de São Paulo, transformados num verdadeiro laboratório de testes de fórmulas fascistizantes; votar nele é impensável . Fernando Haddad não se propôs, como candidato, a lutar contra tal escalada autoritária, nem assumiu o compromisso de exonerar imediatamente os 30 subprefeitos (de um total de 31) que são oficiais da reserva da Polícia Militar; votar nele é inútil , pois quem faz  campanha de consumo   governa como  prefeito do sistema , não como prefeito ideologicamente coerente. O PT hoje é um partido reformista. Quer apenas atenuar os malefícios do capitalismo, tendo abdicado d

Chico Oliveira, 76 anos, uma entrevista para reflexão

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Esta entrevista foi publicada em 17/10/2010, mas seu conteúdo continua muito atual e didático. Podemos e devemos aprender com esse grande sociólogo. No começo de 2003, ano em que rompeu com o PT, o sociólogo Francisco de Oliveira, 76, afirmou que "Lula nunca foi de esquerda". Agora, o professor emérito da USP dá um passo adiante e diz que Lula, mais que Fernando Henrique Cardoso, é "privatista numa escala que o Brasil nunca conheceu". Na entrevista abaixo, Oliveira, um dos fundadores do PT, também afirma que tanto faz votar em Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB), analisa o papel de Marina Silva (PV) e critica a entrada do aborto no debate político pela ótica da religião. Folha - Qual a sua avaliação sobre o debate eleitoral no primeiro turno? Francisco de Oliveira - Fora o horror que os tucanos têm pelos pobres, Serra e Dilma não têm posições radicalmente distintas: ambos são desenvolvimentistas, querem a industrialização... O campo de confl

Pêndulo

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Hoje sou livre. Amanhã posso estar preso dentro de mim mesmo. As vezes não sinto nada, as vezes sinto tudo. Um dia quero sentir tudo, chorar, gritar, apaixonar-me todas as horas. Outro dia não quero nada, nada, não quero sentir nada, não quero ouvir tua voz, não quero ler tuas cartas, não quero ouvir você respirar, não quero teus sentimentos, tuas exigências, teu olhar. Um dia sou sol, outro dia soul, um dia carne, outro dia estou de lua, um dia praia, outro dia detesto a areia. Um dia frio, outro dia quente. As vezes não me entendo: um dia compreendo tudo, outro flutuo. Me olho no espelho e as vezes me detesto, outro dia me olho no espelho me vejo outro. Ciclos, pêndulo, partes de um só. Certas manhãs estou em outra dimensão, olhando a tudo de forma indiferente. Certas tardes, sou todo entrega. Certas noites me desfaço, como a areia da praia levada pelo vento... Fonte: http://donbourboun.blogspot.com.br/2007/07/pndulo.html Reproduzido por ©DesProf.Peixoto Paperblog

VÊS A LAGARTA MORRENDO OU A BORBOLETA NASCENDO?

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Por Reverendo Aluízio Vidal Na vida tendemos a desenvolver padrões, paradigmas, estruturas. Um dos padrões desenvolvidos é nossa forma de interpretar os estímulos recebidos no dia a dia, ou seja, é a forma de interpretarmos a vida. Todos os dias nos acontecem vários fatos e estes são interpretados por nosso “organismo”, alguns sem nenhuma análise profunda, outros de maneira mais cuidadosa, mas cada um trazendo várias lições, e quanto maior a profundidade da análise, melhores serão as lições tiradas, assim como o vinho sorvido lenta e atenciosamente distribui melhor ao paladar a qualidade de seu sabor. O problema é que, por vezes, aprendemos olhar a realidade sempre com um olhar predisposto a percebê-la apenas no modo negativo, como os pais que só aprenderam ver a nota vermelha no boletim do filho ou filha e não a grande quantidade de notas azuis apresentadas no mesmo boletim. Um acontecimento aparentemente ruim pode trazer em seu bojo um cabedal enorme de possibilida

O PE(S)TICIDA LIBERTOU A FLORESTA DOS PIRILAMPOS TRABUQUEIROS

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Por Ação Popular: Respeitem Porto Velho!!! Em época pouco distante, quando parte da Floresta vivia com a venda nos olhos, eis que de repente surgiram os Pirilampos da Ternura. Ungidos com o discurso da revolução e vestidos com a bandeira da honestidade, eles se proclamaram os obreiros que transformariam o arranjo da realidade em uma Pasárgada à margem do Rio dos Troncos. E os Bichos, encantados com a “luz” dos vaga-lumes, fizeram muita festa e se empanturraram de ilusão. Era o começo da tragédia. A Anta, o Macaco, a Cobra e o resto da bicharada, por possuírem a visão embaçada, não desconfiaram do engodo. E, com todas as forças, abraçaram o conto dos Pirilampos e pelos quatro cantos da cidade cantavam o mesmo canto: “o Povo agora dorme tranqüilo, encontramos nosso rumo, graças aos Pirilampos, a Floresta vive no prumo”. Assim, como os ratos hipnotizados pelo flautista de Hamelin, a fé cega nos vaga-lumes deixou a Mata com a esperança de que tudo seria, finalmente, difere

O presente dos dias dos Professores do SINTERO e da ASPERrrr

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A ASPER rrr- A Associação dos Servidores no Serviço Público no Estado de Rondônia andou convocando os por ela denominado “sócios” para participarem de assembléias apenas para serem informados que serão mais extorquidos a partir do ano de 2012. A extorsão dessa vez ocorrerá através do aumento de 18% do valor do Plano de Saúde pago pelos ditos “sócios”. Parece uma grande ironia, mas nenhum dos “sócios” foi convidado para decidir, apenas os boas vidas dos dirigentes da ASPERrrrr. O bon vivant presidente da ASPERrrr, José Francisco Pinheiro, financeiramente bem vestido e sorridente, através do cover do cantor Roberto Leal justificou utilizando alguns gráficos projetados numa tela o aumento dos custos de todos os atravessadores que a ASPERrrr utliza para “bem” servir os seus “sócios”. Os atravessadores são todos aqueles que ficam entre os “sócios”, os que pagam mensalmente o plano e os médicos que os atendem. Ninguém sabe direito porque tantos? Mas os argumentos usados para just

Resposta da Associação Nacional de História (ANPUH) à crítica da Revista Veja sobre Hobsbawm

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Em nota, entidade afirma que Veja teria reduzido historiador a um "idiota moral" A nota de repúdio foi publicada no perfil da entidade no último sábado. Confira, na íntegra, o texto da Associação Nacional de História, que teve como título, "Hobsbawm: Um dos maiores intelectuais do século XX". "Na última segunda-feira, dia 1 de outubro, faleceu o historiador inglês Eric Hobsbawm. Intelectual marxista, foi responsável por vasta obra a respeito da formação do capitalismo, do nascimento da classe operária, das culturas do mundo contemporâneo, bem como das perspectivas para o pensamento de esquerda no século XXI. Hobsbawm, com uma obra dotada de rigor, criatividade e profundo conhecimento empírico dos temas que tratava, formou gerações de intelectuais. Ao lado de E. P. Thompson e Christopher Hill liderou a geração de historiadores marxistas ingleses que superaram o doutrinarismo e a ortodoxia dominantes quando do apogeu do stalinismo. Deu voz aos homens e

O SONHO NUNCA ACABA

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Celso Lungaretti P ara quem tem uma longa estrada atrás de si, o aniversário convida à reflexão, a fazer um inventário dos sonhos concretizados, pendentes e desfeitos. Mais ainda quando, como é o meu caso, ocorre exatamente na véspera de um dia decisivo: no domingo saberei se o meu último sonho terá sido, parafraseando meu velho amigo Raulzito, um sonho que sonhei só ou um sonho que se sonha junto e vira realidade. Como estou desde os 17 anos empurrando pedras para o topo da montanha e várias vezes elas despencaram (algumas de forma extremamente sofrida, como quando tantos  imprescindíveis  se imolaram numa guerra impossível de ser vencida), não encaro uma eventual derrota como tragédia. O importante é lutarmos pelos objetivos corretos, de forma íntegra e dando o melhor de nós. Até porque os combatentes da justiça social e da liberdade perseguimos um ideal milenar, sem que a vitória até agora nos sorrisse. Aproximamo-nos e distanciamo-nos dela, apenas. A hu

CAÇADA AO OBSCURANTISMO

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Por Celso Lungaretti É curiosa a CartaCapital . Desde os tempos em que a Tribuna da Imprensa (RJ) expressava, da primeira à última página, as posições do aguerrido Hélio Fernandes, eu não vejo um veículo tão identificado com seu  dono . Pena que Mino, o arqui-super-ultra-megalomaníaco que faz questão de exibir a  certidão de propriedade   até no nome da revista, não tenha a milionésima parte do talento e da coragem de Hélio Fernandes. Aquele, de peito aberto, confrontava ditaduras. Já o Mino foge como um fedelho quando desafiado para debater com intelectuais que travam o bom combate, como o Carlos Lungarzo, o Rui Martins e eu. Nunca fez jus ao apelido de  imperador , salvo se o paradigma forem imperadores como Nero e Honório. Herdeiro do que o Partido Comunista Italiano tinha de pior --e não, jamais!, do extraordinário legado de Gramsci--, Mino tem uma característica inconfundível dos stalinistas: adora caçar bruxas. Ele e seu escudeiro Walter Maierovitch ultra

DEMOCRACIA À MODA DA 'FOLHA' É, ELA SIM, UMA DITABRANDA

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Por Celso Lungaretti O s dirigentes municipais do PSOL decidiram não questionar juridicamente o boicote da Folha de S. Paulo à coligação PSOL/PCB, ao organizar  seletivamente   o debate de candidatos a vereador que realizou na tarde de 3ª feira (2) e publicará no próximo domingo (7).   O jornal convidou apenas os representantes das "cinco principais coligações nas eleições municipais deste ano e o partido do prefeito, Gilberto Kassab", quais sejam: Luíza Nagib Eluf (PMDB), Andrea Matarazzo (PSDB), Ricardo Young (PPS), Nabil Bonduki (PT), José Police Neto (PSD) e Celso Jatene (PTB). Segundo o parecer legal que embasou decisão do PSOL, não prevaleceriam neste caso as regras dos debates em rádio e TV. Seria encarado juridicamente como uma mera coleta de informações para a produção de um texto jornalístico. Trata-se, enfim, de mais uma iniciativa discricionária que, mesmo não sendo ilegal, é flagrantemente imoral .  Democracia não existe sem oportunidades i