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Mostrando postagens de outubro, 2013

DEVASSANDO O DOI-CODI DOS BEAGLES

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Por Celso Lungaretti T endo lecionado durante 19 anos na Universidade de Campinas, Carlos Lungarzo era o homem ideal para tentar desfazer a cortina de fumaça que a grande imprensa -acumpliciando-se com a tortura de bichos como outrora se acumpliciava com a tortura de gente- lançou sobre as atividades de uma instituição das mais suspeitas, felizmente interrompidas por uma louvável iniciativa dos jovens que lutam contra a desumanidade.  E ele o fez, no longo e brilhante artigo  O que é o Instituto Royal?  (cuja íntegra pode ser acessada  aqui ), aprofundando os questionamentos por mim apresentados em  Que sejam felizes os beagles! Que sofram os rapinantes!  (vide  aqui ).  Depois de uma exaustiva pesquisa na internet, Lungarzo constatou que tanto o instituto quanto sua proprietária são quase   incógnitos  -para não dizermos   clandestinos -, embora isto não tenha impedido que seu faturamento, já em 2012, atingisse declarados R$ 5,25 milhões. Mas, pergunta Lungarzo, onde

Ao Senhor Dr. Silas Andrade, neste...

Senhor Dr. Silas Andrade só agora, dia 22/10/2013 às 20h41min – horário de Rondônia li este seu e-mail. Prontamente atendi ao seu pedido e apaguei a reprodução da matéria intitulada: “ Médicos chefiados por Carlos Henrique Ribeiro do hospital Salgado Filho são denunciados pelo MP por formação de quadrilha” de 16/04/2010 . Gostaria, portanto de informar que eu não fui o autor dessa postagem, mas um dos meus colaboradores. Nem sequer li, pois não exerço censura. Mas como sou o principal responsável pelo blog, prontamente, atendi ao vosso pedido, pois não me interessa ofender ou cometer injustiça contra ninguém. Lamento se a reprodução da referida matéria tenha colaborado para ofender a imagem do seu cliente e muito obrigado por me alertar! Serei mais cuidadoso daqui por diante. Grato. Moisés Peixoto Eis o teor do e-mail que recebi do Sr.Dr. Silas Andrade: Caro Sr MOISES PEIXOTO Em 2010 , a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro , através de uma operação policial

NÃO PODEMOS NOS OMITIR FACE À TORTURA CONTINUADA DE NORAMBUENA!!!

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Por Celso Lungaretti U m bom companheiro me escreve chamando a atenção para o caso de Maurício Hernandez Norambuena, que continua preso em condições desumanas na Penitenciária Federal de Campo Grande, submetido ao famigerado   Regime Disciplinar Diferenciado . O site da Campanha de Solidariedade (acesse  aqui ) lista algumas características do confinamento a que Norambueno vem sendo submetido há quase 10 anos: cela de 3x2 metros, banheiro incluído; duas horas de banho de sol por dia num pátio pequeno; visitas de três horas permitidas somente aos irmãos; nenhum acesso aos veículos de comunicação;  possibilidade de receber apenas um livro por semana; nenhum contacto com os outros reclusos. Mas, é do professor Carlos Lungarzo, tradicional defensor dos direitos humanos que teve atuação destacada no Caso Battisti, a melhor descrição do RDD, num artigo (acesse  aqui ) sobre a permanência de rigores medievais nas prisões brasileiras: " O RDD é um simples sistema de

Professor: mais um dia de hipocrisia

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Nazareno, não é negão e está a esquerda de camisa branca. Professor Nazareno* 1- O dia 15 de outubro por aqui é dedicado aos professores. Um dia miserável e até amaldiçoado para quem escolheu uma das profissões mais ingratas do Brasil: como ensinar alguma coisa num país onde as pessoas não querem aprender? Penúltimo lugar numa pesquisa feita em Londres sobre a valorização dos docentes, o Brasil amarga a triste rotina de conviver a cada dia que passa com um déficit cada vez maior de profissionais nesta área em que todos são hipocritamente unânimes em afirmar: “ é a profissão mais importante na vida de qualquer ser humano ”. Talvez a carreira profissional mais desvalorizada da atualidade, ser professor no nosso país é um desafio que persegue a rotina dos “ poucos heróis ” que tiveram a coragem suficiente de enfrentar a família para se aventurarem numa vida sem futuro e pouco rentável. 2- Suportar calado esta horrorosa data é uma desgraça, uma espécie de Armagedon para qualq

ELE DESATINOU. DE NOVO!

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Por Celso Lungaretti Ele já aceitou servir como exemplo de bom menino C reio ter escrito alguns dos textos mais compassivos (vide  aqui ,  aqui  e  aqui ) sobre o que Geraldo Vandré se tornou após haver pactuado com a ditadura militar para poder voltar ao Brasil "sem ter na chegada/ que morrer, amada,/ ou de amor, matar", como antevia em sua pungente "Canção primeira".  Não tenho dúvidas de que sofreu lavagem cerebral quando esteve internado numa clínica psiquiátrica sob a vigilância de agentes da repressão, impedido até de falar com outros pacientes, entre 14 de julho e 11 de setembro de 1973. Mas, de alguma forma ele contribuiu para sua desgraça: foi ao não suportar a barra do exílio e assumir o risco do regresso, mesmo conhecendo muito bem o inferno no qual desembarcaria. É isto, e só isto, que lhe recrimino. Com relação a tudo que se passou depois, ele tem minha compreensão, valha o que valer. Foi um episódio bem na linha do que Paulo Franc

O USO DO CACHIMBO HÁ MUITO ENTORTA A BOCA DO ROBERTO CARLOS

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Por Celso Lungaretti RC surfou na onda da rebeldia comportamental... O  debate sobre o direito que figurões teriam ou não de impugnar biografias não autorizadas contendo revelações desagradáveis a seu respeito me fez lembrar de um episódio ocorrido quando eu trabalhava numa editora de publicações musicais, no início dos '80. Uma entrevista exclusiva com Roberto Carlos era o grande sonho da Imprima Comunicação Editorial. E ele finalmente concordou em concedê-la, com a condição de que não fosse eu o entrevistador. O motivo do veto foi eu ter cogitado, num longo texto dedicado à sua trajetória, a hipótese de que o problema na perna (ele manquitola) tivesse influenciado sua maneira de ser como artista. Em seus primórdios, RC se enturmou com uma patota de roqueiros brigões da Tijuca (RJ), mas, por ser franzino e se movimentar com dificuldade, não deveria fazer grande figura nos arranca-rabos, se é que deles participava. Isto, contudo, não afetou a sua aceitação no grupo.

UM PAÍS PROFUNDAMENTE INJUSTO E DESUMANO. O BRASIL.

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Discursando na abertura da Feira do Livro de Frankfurt, na qual o Brasil  é homenageado, o escritor Luiz Ruffato falou o que a esquerda  deveria estar falando o tempo todo e o que o PT há muito  deixou  de falar,  pois desde 2002 prefere as enganações  dos marqueteiros  à realidade  dramática das ruas.  É uma peça exemplar, antológica, que reproduzo quase na íntegra, poupando os leitores de algumas passagens que, até por serem dispensáveis, tirariam o impacto do principal: o raio-X de um país profundamente injusto e desumano. Que só deixará de sê-lo por meio de uma transformação  revolucionária, não pelas ínfimas concessões que os  reformistas fazem às massas para mantê-las  subjugadas, elegendo e reelegendo os  que gerenciam o capitalismo ao invés  de o confrontarem ( Celso Lungaretti ). " ...a história do Brasil vem sendo alicerçada quase que exclusivamente na negação explícita do outro, por meio da violência e da indiferença. Nascemos sob a égide do genocídio.

JUSTIÇA FULMINA A NOVA FALÁCIA DO GOVERNO ALCKMIN

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Por Celso Lungaretti O  Governo Alckmin, que já deveria ter sido encerrado pela via do impeachment por haver cometido crimes gravíssimos na desocupação do Pinheirinho (vide  aqui ), tentou agora enquadrar participantes de manifestações de protesto na Lei de Segurança Nacional, um entulho autoritário retirado da lixeira da História pelo delegado titular do 3º distrito policial,  Antônio Luis Tuckumantel --cuja nostalgia pelos instrumentos jurídicos dos regimes de exceção foi, aberrantemente, compartilhada pelo Ministério Público! As viúvas da ditadura não nascem, brotam. Como as ervas daninhas.  Para Gustavo Romano, mestre em direito pela Universidade Harvard, as   otoridade   parecem considerar brandas demais as leis realmente aplicáveis e fazem verdadeiros contorcionismos  para enquadrarem nossos   indignados   em outras que possibilitem condenações mais pesadas. Daí a forçação de barra carioca (considerá-los membros de organizações criminosas) e a paulista (fingir que prot

EFEITO CONTRÁRIO: KÁTIA ABREU ENCHE A BOLA DA MARINA E ESVAZIA A DA DILMA

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A  senadora ruralista Kátia Abreu (ex-DEM, atualmente no PMDB) afirmou que seria "desastroso" o sucesso da chapa do PSB na eleição presidencial de 2014.  Motivo? Marina Silva teria contribuído "para que alguns preconceitos fossem construídos com relação ao produtor rural brasileiro como um destruidor do meio ambiente".  Com a maior cara de pau, ela acrescenta: "E não somos isso".  Acredite quem quiser. Eu creria antes na existência do Papai Noel e da fada dos dentes... Está rindo do quê, Dilma? A  Wanda  choraria Kátia afirma que foi um equívoco não votar na Dilma em 2010, mas apoiará sua reeleição. Depois da amarga decepção que tive ao ver figurinhas carimbadas como o Sarney, ACM, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Collor, Maluf e que tais aos beijos e abraços com o Lula, adoraria se a Dilma mandasse essa senhora procurar sua turma. Lamentavelmente, temo que nossa ilustre presidenta vá continuar recebendo Kátia Abreu com um sorri

“PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES...”

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As pessoas que gostam da boa música, com certeza, conhecem muito bem a canção de Geraldo Vandré cujo nome é o mesmo utilizado neste texto como epígrafe, embora seja numa situação bem diferente daquela de 1968, no ápice da ditadura, quando foi sucesso no Brasil, pela inteligência com que o artista compôs. Ao aludir ao hino contra a ditadura, eu o faço para comentar sobre o processo impetrado contra mim pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Rondônia – SINTERO, senhor Manoel Rodrigues da Silva, agora devidamente citado em meu texto, fato que não ocorreu no artigo usado por ele para promover a ação. Manoel Rodrigues da Silva, citado aqui outra vez, alega numa petição muito mal feita por seu advogado, que sentiu sua “inabalável conduta” atingida pelo conteúdo do artigo publicado por mim, intitulado “A ditadura da Educação” , publicado em alguns jornais de Rondônia, sobre o final da greve ocorrida no primeiro semestre deste ano. A mágoa do sindical