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Mostrando postagens de setembro, 2014

A "FOLHA DE S. PAULO" NOVAMENTE ACHINCALHA A LUTA CONTRA A DITADURA

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Por Celso Lungaretti O  jornal da  ditabranda  continua publicando péssimos editoriais sobre os acontecimentos dos  anos de chumbo , talvez porque o papel então desempenhado pelo  Grupo Folha  foi nada menos que indecoroso, daí seu desconforto ao tocar nesses assuntos.  Para quem quiser conhecer mais detalhes sobre tal  papelão , recomendo a leitura  deste meu artigo . Vale, contudo, destacar alguns trechos de um texto autocrítico publicado pela própria  Folha de S. Paulo  quando da comemoração do seu 90º aniversário:  " A partir de 1969, a 'Folha da Tarde' alinhou-se ao esquema de repressão à luta armada, publicando manchetes que exaltavam as operações militares. A entrega da Redação da 'Folha da Tarde' a jornalistas entusiasmados com a linha dura militar (vários deles eram policiais) foi uma reação da empresa à atuação clandestina, na Redação, de militantes da ALN...  Em 1971, a ALN incendiou três veículos do jornal e ameaçou assassinar seus propri

UMA NO CRAVO, OUTRA NA FERRADURA.

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OS MILITARES FINALMENTE ADMITEM AS ATROCIDADES DOS ANOS DE CHUMBO A  notícia é de Eliane Cantanhêde e está na edição deste sábado, 20, da  Folha de S. Paulo  (a íntegra pode ser acessada   aqui ): " O ministro da Defesa, Celso Amorim, encaminhou nesta sexta-feira (19) à Comissão Nacional da Verdade (CNV) ofícios das três Forças Armadas admitindo, pela primeira vez, que não têm condições de negar a ocorrência de graves violações aos direitos humanos em instalações militares durante a ditadura. Conforme a  Folha  apurou, o Comando da Aeronáutica afirma não ter elementos para contestar que houve graves violações nem o reconhecimento da responsabilidade do Estado, e o da Marinha alega que não tem provas para negar nem confirmar as violações apontadas pela CNV. O ofício do Comando do Exército não contradiz os dados de violações fornecidos pela comissão, alegando que não seria pertinente contestar decisões já tomadas pelo Estado brasileiro (que já reconheceu a exist

OS BRASILEIROS FINALMENTE PERDERAM O MEDO DE SER FELIZES. AÍ FOI O PT QUE NÃO OUSOU FAZÊ-LOS FELIZES...

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Por Celso Lungaretti U ma tarefa a que sempre me propus é a de garimpar as raras pepitas existentes em meio às toneladas de  ouro de tolo  com que os leitores se deparam no período eleitoreiro. Trata-se de uma tarefa das mais relevantes, pois a manipulação agora atinge os píncaros, com os veículos da grande imprensa e uma verdadeira legião de  blogueiros amestrados  competindo encarniçadamente pelo  Troféu Goebbels de Martelagem de Mentiras .  O que há para ser lido nesta 5ª feira (18) é a notícia  Impasse com PT faz Dilma suspender plano de governo  (acesse a íntegra  aqui ), de duas jornalistas da sucursal de Brasília da  Folha de S. Paulo , Andréia Sadi e Natuza Nery. Por quê? Porque fornece um quadro de bastidores que é bem coerente com o que os observadores perspicazes já depreendiam da bizarra demora de Dilma Rousseff em divulgar seu programa de governo. Nunca superestimei esses papeluchos, que geralmente estão mais para peças propagandísticas do que qualquer out

A ESQUERDA SAZONAL E SUAS CEREJAS RETÓRICAS

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Por Celso Lungaretti F inalmente alguém encontrou a melhor definição para o PT dos dias de hoje:  esquerda sazonal . Parabéns ao filósofo Vladimir Safatle! Ele conseguiu dar o tratamento adequado ao fenômeno que, talvez por conta da profunda decepção que causa nos que um dia compartilhamos o sonho e depois o vimos transformar-se em pesadelo, invariavelmente nos faz resvalar para as diatribes. O humor, contudo, convence mais do que o rancor, ainda que justificado. Abaixo, em vermelho, está  a biopsia que Safatle faz (o texto integral pode ser acessado  aqui ) do partido que se propunha a mudar o Brasil mas hoje, mudado pelo Brasil, só empunha as velhas bandeiras no período eleitoral, não mais para libertar os explorados, mas sim para os iludir e, com isto, conquistar mandatos que continuarão não indo à raiz dos nossos problemas, qual seja a velha, sempre presente e por enquanto inabalável exploração do homem pelo homem. Depois, tais bandeiras são devolvidas ao depósito